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No sul, pesquisa inédita com substância marinha que pode combater o câncer

São Paulo, 12 de abril de 2001 (eHealthLA). Entre as centenas de substâncias marinhas que estão sendo testado em diversos centros de pesquisa espalhados no mundo, aproximadamente 20 delas são objeto de estudo com a participação de pacientes nos quais falharam tratamentos convencionais contra o câncer.

Desse número quatro está apresentando resultados e uma delas está sendo testada no Rio Grande do Sul. O trabalho foi destacado pela publicação inglesa The Lancet Oncology, uma das mais respeitadas do gênero no mundo.

O artigo foi assinado pelo oncologista Gilberto Schwartsmann que declarou ao jornal Zero Hora ter os organismos marinhos desenvolvido uma série de mecanismos de defesa contra predadores e agressões do ambiente. "Algumas dessas substâncias têm potencial para combater o câncer de forma muito eficaz em experimentos em laboratório", afirmou o médico.

Os testes estão sendo feitos pela Soad, o centro de pesquisas gaúcho que congrega pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ligados a uma rede de laboratórios científicos internacionais.

Um paciente gaúcho, portador de um tumor maligno chamado Sarcoma, que havia feito rádio e quimioterapia apresentando um quadro de retorno da lesão, está atualmente usando O ET-743, um produto originário de uma substância marinha. Posteriormente ao uso do produto, através de uma tomografia, foi detectada uma pequena redução dessa lesão, além dele ter diminuído a utilização de analgésicos.

Nos próximos meses será desenvolvido um estudo internacional com cem pacientes do Brasil, França,Bélgica e Estados Unidos que irá comparar o uso do ET-743 com os tratamentos convencionais.

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