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Processo de autodestruição das células é estudado na UFRGS

12 de Dezembro de 2002 (Bibliomed). Milhões de nossas células morrem e são substituídas por novas diariamente. Ao mesmo tempo em que possibilita a origem de um novo ser, esse processo também está associado ao desenvolvimento de doenças como câncer, Aids, Alzheimer, Parkinson, derrame e problemas cardíacos. Em busca de novas informações sobre a apoptose - processo pelo qual as células promovem de modo programado sua própria destruição -, a doutoranda em Genética e Biologia Molecular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Alessandra Peres, está avaliando o sistema imunológico de um grupo de 50 pessoas saudáveis com mais de 60 anos, residentes em Gravataí (RS).

Essas informações serão confrontadas com as resultantes da análise do sistema imunológico de um grupo de 25 jovens de Porto Alegre. A partir daí será possível traçar a caracterização imunofenotípica do primeiro grupo, o que é significativo considerando-se que as infecções são a segunda causa de morte em pessoas da terceira idade no Brasil.

A pesquisadora explica que alguns artigos científicos já sugerem que células de idosos são mais suscetíveis à apoptose, o que faz com que a célula não responda ao patógeno que está no corpo, ocasionando a perda do equilíbrio natural do organismo.

A pesquisadora optou por estudar proteínas presentes na superfície das células do sistema imune. Ao todo, foram 13 anticorpos selecionados num universo de 247. A coleta das informações já foi concluída. Agora, começa a fase mais demorada, de análise dos dados levantados e confronto das informações nos dois grupos. Entre os fatores que contribuíram para a escolha do tema está o fato de ser uma pesquisa inédita no país e o fato de o Rio Grande do Sul ter a maior expectativa de vida do Brasil - 71 anos, segundo o IBGE.

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