Notícias de saúde
28 de outubro de 2025 (Bibliomed). Crianças nascidas prematuras podem ter risco duradouro de hipertensão ao longo da infância e adolescência, mesmo quando não apresentam grandes complicações ao nascer. É o que mostra um estudo publicado no JAMA Network Open, que acompanhou 2.459 crianças do nascimento até os 18 anos.
Os pesquisadores dividiram as crianças em subgrupos conforme prematuridade, internação em UTI neonatal (UTIN) e presença de complicações importantes (como sepse, doença pulmonar crônica, enterocolite necrosante e hemorragia intraventricular). O resultado foi claro: a hipertensão persistente foi mais frequente entre os prematuros do que entre os nascidos a termo (25,2% vs 15,8%). O maior risco ocorreu nos prematuros que passaram pela UTIN, tanto com complicações (risco relativo ajustado de 1,87) quanto sem complicações (1,62), em comparação a crianças a termo sem UTIN ou complicações. Além disso, os prematuros apresentaram, em média, percentis de pressão sistólica e diastólica mais altos ao longo do acompanhamento.
O estudo reforça que nascer prematuro — especialmente quando há necessidade de internação neonatal — pode deixar um “rastro” no sistema cardiovascular. Para as famílias, a principal mensagem é a importância de medir a pressão arterial de forma regular durante a infância e a adolescência, sobretudo em crianças que foram prematuras ou tiveram internação/complicações neonatais. Medidas de estilo de vida saudável (alimentação equilibrada, atividade física, sono adequado e controle do peso) e acompanhamento conjunto entre atenção primária e especialistas podem reduzir riscos no longo prazo.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2025.27431.
Copyright © 2025 Bibliomed, Inc.
Veja também
todas as notícias