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15% das mortes no México são causadas por doenças curáveis

30 de Julho de 2002 (Bibliomed). O relatório sobre a situação da Saúde no México mostrou um problema preocupante e, ao mesmo tempo, comum nos países em desenvolvimento, inclusive no Brasil: a mortalidade por doenças curáveis, como diarréia e infecções respiratórias, se mantém em níveis altos.

De acordo com o relatório divulgado no último dia 23, essas doenças foram responsáveis por 15% das mortes no país no ano passado. Esse índice foi superior a 25% nas áreas mais carentes, como os Estados de Chiapas e Oaxaca, no Sul do país.

Segundo dados oficiais, dos 102 milhões de mexicanos, cerca de 50 milhões não têm acesso aos serviços de saúde. A maioria dessas pessoas vive na zona rural. “Quase 80% da população mexicana vive em zonas urbanas e conta com um excesso de médicos.

As áreas rurais têm uma escassez histórica”, disse o secretário de Saúde, Julio Frenk, sem especificar, no entanto, o número de médicos e leitos hospitalares que existem no país por habitante.

Frenk criticou o gasto federal desigual, que investe o dobro em serviços e saúde para a população ligada à seguridade social. O secretário lamentou ainda que o México destine apenas 5,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB) para questões de saúde, índice inferior ao gasto médio dos países latino-americanos, que é de 6,1% do PIB. Segundo Frenk, o Uruguai investe 10% de seu PIB em saúde, a Colômbia investe 9,3% e a Costa Rica, 8,7%.

Para tentar minimizar essa deficiência, o presidente Vicente Fox lançou um programa denominado “Seguro Popular de Saúde”, que já instalou aproximadamente 660 unidades médicas para famílias de baixa renda, desde dezembro de 2001. Em meio a tantas críticas, o secretário de Saúde elogiou o fato de 97% das crianças do país, com idades entre um e quatro anos, estarem imunizadas contra doenças transmissíveis.

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