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07 de Fevereiro de 2001 (Bibliomed). Lesões, causadas por abuso, tombos de bicicleta ou incêndios, entre outros fatores, são a maior causa de mortalidade infantil no mundo industrializado, e não as doenças, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Mais de 20 mil crianças com menos de 15 anos morrem de acidentes de automóvel, abuso e outros ferimentos intencionais, quedas, incêndios, afogamento, envenenamento e outros, de acordo com um relatório divulgado na segunda-feira do Unicef.
Para uma criança nascida no mundo industrializado hoje, as chances de morte por lesões são de 1 para 750, de acordo com o Centro de Pesquisa Innocenti do Unicef, situado em Florença, Itália. A entidade estimou que 12 mil dessas mortes poderiam ter sido evitadas com medidas preventivas.
Mesmo que a probabilidade de morte por lesões esteja hoje reduzida pela metade em relação a 30 anos atrás, "a profundidade do pesar e angústia envolvidos na morte de uma criança está acima de toda a medida", diz o relatório.
O relatório avaliou estatísticas dos 29 membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países mais ricos do mundo.
De 1991 a 1995, último período com dados disponíveis, Suécia, Grã-Bretanha, Itália e Holanda tiveram as menores taxas de mortalidade infantil por ferimentos. A taxa da Suécia foi de 5,2 por 100 mil crianças; na Grã-Bretanha e na Itália a taxa foi de 6,1 por 100 mil; e na Holanda, de 6,6 por 100 mil.
Estados Unidos (14,1 por 100 mil), Portugal (17,8 por 100 mil), México (19,8 por 100 mil) e Coréia do Sul (25,6 por 100 mil) tiveram as maiores taxas.
Acidentes de trânsito são a maior causa dessas mortes, respondendo por 41 por cento do total.
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