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Por Susan Schneider
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Um ano depois do pior escândalo ambiental do país, uma cidade mexicana arruinada por uma intoxicação epidêmica por chumbo se tornou cenário para uma batalha entre um grupo ambientalista e o governo, que discutem se o problema foi solucionado para sempre.
Em meados de 1999 mais de mil crianças na cidade de Torreon, cerca de 800 quilômetros ao noroeste da capital do país, mostrou altos e perigosos níveis de chumbo, que foram associadas, pelas autoridades locais, a uma refinaria de metais.
O furor sobre a contaminação gerou uma ordem governamental sem precedentes para que a gigante da mineração Industrias Penoles SA limpasse a área, em um movimento que pode ser considerado marco na reversão da impunidade que poluidores industriais desfrutam há muito tempo no México.
Agora, um ano depois da campanha de limpeza, alguns especialistas em Torreon disseram que o envenenamento por chumbo permanece um problema penoso.
Conforme um grupo ambientalista, exames sanguíneos ainda mostram níveis elevados de metal em crianças e amostras de ar e solo apontou que muito chumbo ainda está presente.
"As crianças que fizeram teste sanguíneo continuam a ter altos níveis de chumbo e algumas residências mostraram presença de chumbo seis vezes maior que os limites nos Estados Unidos", informou Francisco Valdes Perezgasga do grupo "Em defesa do Meio Ambiente".
O escritório do procurador geral para Proteção Ambiental do México (Profepa), instrumento da ordem de limpeza, informou que seus próprios testes mostraram níveis de chumbo dentro dos critérios usados em outros lugares do mundo.
Sinopse preparada por Reuters Health
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