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Estudo aponta relação entre fumo e meningite

Belo Horizonte, 05 de Setembro de 2001 (Bibliomed). O infectologista norte-americano Lee Harinson, da Johns Hopkins University, apresentou na semana passada, no Rio de Janeiro, o resultado de uma pesquisa com portadores de meningite.

Convidado pelo setor de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, ele proferiu palestra sobre o assunto. Em seu estudo, ele aponta o fumo como um dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença em adolescentes.

Realizado no período de 1990 a 1999, o estudo do infectologista acompanhou 295 pessoas de Maryland (EUA), portadoras de meningite. Do total, 71 tinham entre 15 e 24 anos. Desses jovens, pelo menos metade era fumante. Segundo o autor da pesquisa, há correlação entre a evolução da doença meningocócica e o hábito de começar a fumar cedo.

O resultado do trabalho foi publicado recentemente em uma das mais conceituadas revistas científicas, o Journal of American Medical Association. No Estudo, Lee Harinson constatou que 22% dos 71 adolescentes que contraíram meningite morreram.

Essa totalidade é muito alta, de acordo com o pesquisador. Para ele, o fumo provoca alterações da mucosa que podem favorecer o desenvolvimento de bactérias nocivas a saúde e isso também vale para os fumantes passivos.

Na década de 80, um em cada seis casos de meningite nos EUA era entre adolescentes. Nos anos 90, a incidência entre jovens cresceu para um em cada três infectados. A meningite pode ser prevenida por meio de vacina.

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