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Ansiedade e depressão podem desempenhar um papel no Covid Longo

27 de novembro de 2023 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, realizaram um estudo com pacientes diagnosticados com Covid Longo e descobriram que aqueles que perceberam ter dificuldades de raciocínio durante a infecção por Covid-19 também tinham maior probabilidade de apresentar sintomas físicos persistentes do que aqueles que não relataram problemas de raciocínio.

cerca de um terço das pessoas com sintomas longos de Covid perceberam que tinham déficits de pensamento, que estão relacionados à ansiedade e à depressão. Para os autores, essas descobertas sugerem que problemas psicológicos, como ansiedade ou transtornos depressivos, desempenham um papel importante em algumas pessoas que experimentam Covid longo.

Os pesquisadores entrevistaram 766 766 pacientes inscritos no Programa Ambulatorial SARS-CoV-2 da UCLA. Eles já haviam confirmado infecção sintomática por Covid-19. Os pacientes foram entrevistados por telefone em 30 dias, 60 dias e 90 dias após a alta hospitalar. Para aqueles que não foram hospitalizados, eles foram pesquisados nesses intervalos após a data do teste Covid positivo.

Os participantes foram questionados se estavam apresentando sintomas físicos de Covid longo. Alguns exemplos incluem se eles poderiam realizar atividades como correr, mover uma mesa ou subir um lance de escadas, ou continuaram com febre, calafrios, perda de olfato ou cansaço.

A pesquisa também fez perguntas relacionadas à função do pensamento, como se eles tiveram problemas para se organizar ou se concentrar nas atividades ou se esqueceram do que discutiram em uma conversa telefônica durante o último mês.

Pouco mais de 36% dos participantes perceberam durante a doença ou nas semanas seguintes que tinham dificuldades de raciocínio e memória. Esses pacientes eram duas vezes mais propensos do que aqueles que não acreditavam ter déficits de pensamento a dizer que também apresentavam sintomas físicos em 60 e 90 dias.

Para os pesquisadores, essas descobertas sugerem um componente psicológico substancial para sintomas duradouros de SARS-CoV-2 em pelo menos alguns pacientes.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2023.11974.