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COVID-19 grave aumenta risco de doenças mentais

28 de março de 2022 (Bibliomed). Pessoas com COVID-19 grave correm maior risco de depressão e outros problemas mentais que podem durar mais de um ano, sugere um grande estudo realizado na Universidade da Islândia em Reykjavik.

Os pesquisadores relataram que os pacientes com COVID-19 que ficaram acamados, mas não hospitalizados por uma semana ou mais, podem apresentar depressão, ansiedade, angústia e problemas para dormir até 16 meses depois de ficarem doentes. Pessoas com infecções leves por COVID-19 eram menos propensas a desenvolver problemas mentais.

Para o estudo, os pesquisadores examinaram dados de mais de 247.000 pessoas na Dinamarca, Estônia, Islândia, Noruega, Suécia e Reino Unido. Desses, 4% foram diagnosticados com COVID-19 entre o final de março de 2020 e agosto de 2021.

As pessoas diagnosticadas com COVID-19 tiveram uma taxa maior de depressão, em comparação com aquelas que não estavam doentes (20% versus 11%). E 29% dos pacientes com COVID-19 dormiram mal em comparação com 24% que não tinham o vírus. Isso equivale a um aumento de 18% e 13% nas taxas de depressão e sono ruim após o ajuste para fatores como idade, sexo, educação, peso e histórico de distúrbios psiquiátricos.

Os pesquisadores não encontraram diferenças entre os participantes com e sem COVID nas taxas de ansiedade ou angústia relacionada ao COVID. Contudo, os pacientes que estavam acamados por uma semana ou mais lutavam com problemas duradouros, segundo o estudo. Ao longo de 16 meses, eles permaneceram até 60% mais propensos a experimentar maior depressão e ansiedade, em comparação com pessoas que nunca foram infectadas.

Segundo os autores, essas descobertas sugerem que o aumento da vigilância para sintomas de saúde mental de longo prazo é essencial para aqueles com doença grave de COVID-19.

Fonte: The Lancet Public Health. DOI: 10.1016/S2468-2667(22)00042-1. (Texto completo)

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