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Convulsões associadas ao COVID-19 podem ser comuns e aumentam o risco de morte

25 de maio de 2021 (Bibliomed). A COVID-19 pode ter efeitos prejudiciais em vários órgãos do corpo, incluindo o cérebro. Um novo estudo conduzido por pesquisadores do Massachusetts General Hospital (MGH) e do Beth Israel Deaconess Medical Center (BIDMC), nos Estados Unidos, indica que alguns pacientes hospitalizados com COVID-19 apresentam ataques não convulsivos, o que pode colocá-los em um risco maior de morte. Os resultados foram publicados na revista Annals of Neurology.

Os autores do estudo observam que houve apenas alguns pequenos relatos de convulsões em pacientes com doença COVID-19 grave, e não estava claro se essas convulsões ocorrem principalmente em pacientes que já têm um distúrbio convulsivo ou se podem surgir pela primeira vez porque de COVID-19. Os efeitos dessas convulsões na saúde dos pacientes também eram desconhecidos.

Os pesquisadores analisaram informações médicas de 197 pacientes hospitalizados com COVID-19 que foram submetidos a monitoramento de eletroencefalograma (EEG) por vários motivos, em nove instituições na América do Norte e na Europa.

Os testes de EEG detectaram alterações sem convulsões em 9,6% dos pacientes, alguns dos quais não tinham problemas neurológicos anteriores. Pacientes que tiveram convulsões precisaram ser hospitalizados por mais tempo e tinham quatro vezes mais probabilidade de morrer no hospital do que pacientes sem alterações - sugerindo que complicações neurológicas podem ser um contribuinte importante para a morbidade e mortalidade associadas ao COVID-19.

Os resultados sugerem que os pacientes com COVID-19 devem ser monitorados de perto para alterações de ECG típicas de convulsões, porém não convulsivas.

Fonte: Annals of Neurology (2021). DOI: 10.1002/ana.26060.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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