Notícias de saúde

Cuidado com altitudes elevadas

27 de dezembro de 2011 (Bibliomed).  Cada vez mais as pessoas procuram emoção em suas viagens, e uma prática que tem se popularizado é escalar montanhas de altitudes elevadas. A consequência imediata disso é um número cada vez maior da chamada “doença da montanha”, que pode levar à morte em poucas horas.

Segundo os especialistas, o principal problema é que os turistas acreditam ser alpinistas, e, mesmo sem qualquer preparo adequado, se aventuram por regiões acima dos cinco mil metros de altitude.

A “doença da montanha” ocorre devido à falta de aclimatação ou por subida rápida. O baixo nível de oxigênio nas regiões altas, especialmente naquelas acima de três mil metros, pode provocar sintomas diversos, como vômitos repentinos, dores de cabeça fortes que não são curadas com analgésicos comuns, e outros ainda mais graves, como falhas de consciência que podem progredir para como um poucas horas.

Existe ainda o risco de desenvolvimento de edema pulmonar de alta altitude, cujos primeiros sintomas são perda rápida de desempenho físico durante a subida e tosse seca. Caso a pessoa insista em continuar subindo, o quadro pode evoluir para edema cerebral. A doença é fatal se não tratada rapidamente, o que é um problema devido à localização complicada de tais montanhas.

Os médicos alemães, Kai Schommer e Peter Bärtsch, preocupados com os crescentes casos da doença, alertam que não existem testes de avaliação para suscetibilidade de uma pessoa às altas altitudes. Por isso, eles recomendam uma auto-avaliação que consiste em aferir a própria capacidade enquanto sobe a montanha. Assim, quem pretende fazer uma longa caminhada por altitudes na faixa dos 3.000 metros, deve ter testado antes sua capacidade para uma permanência similar, ainda que a um ritmo menor, um nível de altitude acima, ou seja, a 4.000 metros.

Fonte: Diário da Saúde, 26 de dezembro de 2011

Copyright © 2011 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários