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Marcador Celular Ajuda a Indicar Evolução da Leucemia

TORONTO (Reuters Health) - Pessoas com leucemia que apresentam uma certa proteína na superfície de suas células cancerosas tendem a ter um prognóstico - previsão da evolução da doença - mais pobre do que outros pacientes, afirmam pesquisadores.

A proteína é conhecida como CD56 e é encontrada em células de leucemia mielóide, assim como em outros tipos de células cancerosas.

Agora, descobertas apresentadas na segunda-feira durante o 28o Congresso Mundial da Sociedade Internacional de Hematologia, em Toronto, sugerem que a proteína é um importante indicador de resultados em pacientes com leucemia mielóide aguda (AML).

Francesco Lauria, professor de hematologia na Universidade de Siena, na Itália, e sua equipe mediram a CD56, assim como outros marcadores celulares associados ao prognóstico, em 120 pacientes com AML recentemente diagnosticada.

A AML é um câncer do sangue e da medula óssea que resulta na proliferação sem controle de células brancas do sangue.

"No geral, 31 pacientes - ou 26 por cento do grupo - tiveram resultado positivo para o antígeno de CD56", disse Lauria.

Pacientes com CD56 também tenderam a apresentar células cancerosas que produziam níveis excessivos de p-glicoproteína (pGP), que é associada à resistência a drogas.

No geral, pacientes com CD56 tendiam a apresentar um prognóstico da doença mais pobre do que aqueles sem o marcador celular. Por exemplo, 36 por cento dos pacientes CD56 positivo tiveram remissão completa, comparados a 76 por cento dos pacientes CD56 negativo.

"O teste de antígeno de CD56 é muito simples de fazer, de modo que sugerimos que pacientes com AML recentemente diagnosticados sejam testados para a expressão do antígeno de CD56 quando for identificado o padrão antigênico destes pacientes, pois isso pode ser muito útil para ajudar a avaliar seu prognóstico", concluiu Lauria.

A Sociedade Americana de Câncer estima que 9.700 novos casos de leucemia mielóide aguda irão ocorrer nos Estados Unidos este ano. A idade média de um paciente com a doença é 65 anos, e somente cerca de 20 a 30 por cento dos pacientes que sofrem desse tipo de leucemia podem ser mantidos em remissão.

Sinopse preparada por Reuters Health

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