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12 de maio de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado por cientistas do Brasil e do Reino Unido revelou que exercícios aeróbicos regulares podem reduzir marcadores associados ao Alzheimer, oferecendo uma nova esperança no combate à doença. Os resultados, publicados na revista Brain Research, indicam que a atividade física protege células cerebrais saudáveis e ajuda a restaurar o equilíbrio no cérebro envelhecido.
A pesquisa se concentrou no hipocampo, região do cérebro ligada à memória e aprendizado, avaliando o impacto do exercício aeróbico em marcadores-chave da doença, como placas amiloides, emaranhados de tau e acúmulo de ferro em células produtoras de mielina (oligodendrócitos).
Em experimentos com roedores, os pesquisadores observaram benefícios significativos após um programa estruturado de exercícios aeróbicos. Os resultados mostraram redução de placas amiloides e emaranhados de tau, associados à neurodegeneração, e menor acúmulo de ferro, fator que contribui para a morte celular no cérebro.
De acordo com os autores, o estudo avança na compreensão dos mecanismos neuroprotetores da atividade física. “Esta pesquisa destaca o potencial do exercício aeróbico como uma peça central em estratégias preventivas para o Alzheimer”, afirmou um dos pesquisadores.
Os próximos passos incluem ensaios clínicos em humanos para confirmar os efeitos observados em modelos animais. A equipe também investigará medicamentos voltados ao metabolismo do ferro e à morte celular como possíveis terapias complementares para o Alzheimer.
A colaboração internacional, com apoio de instituições brasileiras como CAPES e FAPESP, reforça a importância de unir esforços globais no enfrentamento de desafios de saúde pública.
Fonte: Brain Research. DOI: 10.1016/j.brainres.2024.149419.
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