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Pesquisadores estudam complexos de origem natural para combater câncer

17 de Fevereiro de 2003 (Bibliomed). Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (IQ/UNESP), campus de Araraquara, estão estudando complexos que contêm substâncias de origem natural para combater o câncer, doença que mata 108 mil brasileiros a cada ano, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). “Nossa descoberta mais recente é um composto resultante da combinação de um aminoácido extraído do alho com o metal paládio. O composto, que pode ser utilizado em solução aquosa em baixa concentração, impediu o crescimento de células tumorais HeLa, de câncer cervical humano, em testes in vitro”, contou o químico Antonio Carlos Massabni, coordenador dos estudos.

Por ter sua origem numa fonte natural, o produto pode ter chances de ser mais bem aceito pelo organismo, reduzindo os efeitos colaterais causados pelos atuais quimioterápicos, que utilizam substâncias sintéticas produzidas em laboratório. “O fato de ser solúvel em água e estável em pH fisiológico pode facilitar também a aplicação do composto e permitir sua distribuição por todo o corpo humano”, disse o químico Pedro Paulo Corbi, também responsável pelo estudo.

Em fase de patenteamento, o novo produto químico foi aplicado às células tumorais HeLa por um período de nove dias. Os testes mostraram que, quanto maior a concentração do composto, maior a sua capacidade no combate às células tumorais. “Na concentração de 43 microgramas por mililitro do novo complexo de paládio, o crescimento das células tumorais foi de apenas 30% em relação ao crescimento obtido sem o referido composto, enquanto, na concentração de 170 microgramas por mililitro, o crescimento das células tumorais foi completamente bloqueado”, disse Massabni. Em concentrações acima de 170 microgramas por mililitro, o produto mostrou-se eficiente tanto em interromper o crescimento das células tumorais quanto em “matar” as células tumorais já crescidas.

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