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Alimentação pode ajudar a prevenir ação nociva dos radicais livres

22 de Janeiro de 2003 (Bibliomed). Os especialistas em Medicina Ortomolecular estudam os radicais livres há quase 50 anos e alertam para a necessidade de mudarmos nossos hábitos para evitar a ação nociva dessas moléculas, que são altamente reativas e estimulam o envelhecimento precoce e o aparecimento de diversas doenças, entre elas, o câncer. Esses radicais podem ser encontrados em raios ultravioleta, poluição, gorduras, açúcar, carne vermelha e, principalmente, na fumaça dos cigarros. “Até o mais famoso medicamento contra a disfunção sexual masculina, o Viagra, contém radical livre na forma de óxido nítrico”, conta a especialista Áurea Pascalicchio.

Segundo estudo desenvolvido pela especialista, com 70 pessoas saudáveis, os níveis de contaminação por metais pesados, como alumínio, mercúrio e prata também são preocupantes. “Embora a pesquisa tenha sido feita com pessoas que têm hábitos saudáveis, o mineralograma constatou que 84,5% tinham pelo menos um metal tóxico acima dos padrões considerados normais”, diz Áurea. Os metais pesados estão presentes em embalagens de leite e sucos, panelas de alumínio, água contaminada e alimentos tratados com agrotóxicos.

Os radicais livres são fundamentais para o funcionamento do corpo, mas quando presentes em excesso no organismo, podem se juntar a outros elementos, desestabilizando algumas células. Áurea explica que eles têm “a capacidade de combinar-se com o DNA das células, alterando seu código genético e dando origem à multiplicação celular desordenada, o que pode causar o câncer”. Os radicais livres são os responsáveis, por exemplo, pela ferrugem e pela oxidação que escure batatas descascadas, deixadas ao ar livre.

Para impedir a ação nociva dos radicais livres, os especialistas recomendam a ingestão de alimentos ricos em vitaminas A, C, E, algumas vitaminas do complexo B e selênio. Algumas pesquisas indicam, por exemplo, que o consumo de duas maçãs por dia ajuda a evitar o câncer no aparelho digestivo, por causa da grande quantidade de antioxidantes presentes na casca dessa fruta. Existem também cápsulas de aminoácidos e de vitaminas antioxidantes, mas só devem ser tomadas com orientação médica.

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