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15 de Julho de 2002 (Bibliomed). A maior incidência de casos de câncer de próstata nos Estados Unidos e em países europeus não-mediterrâneos pode estar relacionada à alimentação da população. Pesquisadores da Universidade Getafe, em Madri (Espanha), acreditam que a ocorrência de tumor de próstata nos países mediterrâneos é comparativamente menor por causa da dieta nesta região, caracterizada pelo consumo de pequena quantidade de carne e de gordura de origem animal e por elevada ingestão de frutas frescas, vegetais, massas e vinho. Tal dieta seria, de acordo com os pesquisadores, capaz de proteger contra tumores endócrinos, incluindo o câncer de próstata.
Os resultados do estudo preliminar desenvolvido pelos pesquisadores espanhóis mostraram que cinco diferentes polifenóis (antioxidantes presentes em vinho tinto, chá e em determinadas frutas e vegetais) seriam capazes de inibir o crescimento de células de câncer da próstata. Os pesquisadores também verificaram que essas substâncias estimulariam as células cancerosas à "cometer suicídio", processo natural de morte celular chamado apoptose.
Os pesquisadores examinaram a ação de cinco polifenóis encontrados no vinho tinto (ácido gálico, ácido tânico, morina, quercetina e rutina) sobre as células do câncer da próstata e constataram que todos cinco componentes inibiram a proliferação das células tumorais e induziram a apoptose após 24 horas. Durante o estudo, quantidades variáveis desses compostos foram acrescentadas a placas de cultura contendo células de tumor de próstata.
Os resultados ainda precisam ser confirmados por estudos maiores, mas representam mais uma esperança no combate aos tumores de próstata, que, segundo a Sociedade Americana do Câncer, são a segunda forma mais mortal de câncer entre os homens norte-americanos, atrás apenas do câncer de pulmão. A identificação da doença em seu estágio inicial é fundamental para que a obtenção de bons resultados no tratamento. Por isso, o homem deve ir ao urologista regularmente, a partir dos 45 anos.
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