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Alimentação pode influenciar no sono de bebês

29 de Janeiro de 2003 (Bibliomed). Um estudo realizado por especialistas da Universidade de Londres e divulgado na revista médica Archives of Diseases in Childhood revelou que alimentar um bebê freqüentemente, em sua primeira semana de vida, triplica o risco da criança desenvolver distúrbios de sono. Segundo os pesquisadores, alimentar um recém-nascido muitas vezes durante o dia, seja por aleitamento materno ou artificial, causa interrupções em seu sono a partir da 12ª semana de vida.

A pesquisa foi baseada na avaliação do comportamento de 600 bebês, que tinham entre uma e 12 semanas de idade. Durante o estudo, os bebês deveriam adormecer em um ambiente silencioso e escuro e não poderiam ser alimentados durante a noite. Segundo o diretor da pesquisa, Ian St. James-Roberts, o resultado final mostrou que 82% dos bebês, cujos pais seguiram as orientações, dormiram a noite inteira e 61% dos bebês que foram acordados, perderam o sono.

Em um outro estudo, pesquisadores da Universidade de Buffalo, em Nova York (EUA), afirmam que alimentar bebês com uma dieta rica em carboidratos, nas primeiras semanas de vida, pode causar alterações nas células do pâncreas que produzem insulina, e levar à obesidade. De acordo com o cientista Mulchand Patel, que participou do estudo, “a superalimentação com uma fórmula infantil e a introdução antecipada de alimentos substitutivos, como cereais, frutas e sucos, que são ricos em carboidratos, podem ser os culpados do posterior desenvolvimento de doenças”.

A obesidade é uma doença crônica e cada vez mais atinge crianças e adolescentes devido à hábitos alimentares inadequados. De acordo com estudos dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, cerca de 12% dos norte-americanos com idades entre 6 e 17 anos são obesos ou estão acima do peso. No Brasil, conforme estimativas da Sociedade Brasileira de Pediatria, 15% das crianças são obesas e outros 15% estão com o peso acima do ideal.

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