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Mortes de bebês durante o sono aumentaram nos Estados Unidos

26 de junho de 2025 (Bibliomed). Apesar dos avanços na saúde neonatal e da redução de 24% na mortalidade infantil nos Estados Unidos entre 1999 e 2022, as mortes de bebês relacionadas ao sono - conhecidas como mortes infantis inesperadas e súbitas (SUID, na sigla em inglês) - voltaram a subir nos últimos anos. Entre 2020 e 2022, a taxa de SUID cresceu cerca de 12%, passando de 90 para mais de 100 mortes a cada 100 mil nascimentos.

Essas mortes incluem a síndrome da morte súbita infantil (SIDS), sufocação acidental e causas mal definidas. Especialistas alertam que, embora fatores como prematuridade ou alterações genéticas possam aumentar o risco, muitos casos são potencialmente evitáveis com práticas de sono seguras - como colocar o bebê de costas para dormir, sem almofadas ou cobertores no berço.

A desigualdade racial é marcante: entre 2018 e 2022, a taxa de SUID foi 10 vezes maior em bebês indígenas americanos, negros e nativos havaianos do que em bebês asiáticos. A pandemia de Covid-19 pode ter agravado esse cenário, limitando o acesso ao pré-natal e dificultando a disseminação de orientações sobre segurança no sono.

Campanhas como o projeto TodaysBaby, que envia vídeos e mensagens de texto com orientações para famílias de alto risco, tentam combater a influência de práticas perigosas vistas nas redes sociais. Especialistas defendem ainda medidas públicas como licença-maternidade remunerada e fiscalização de produtos infantis para prevenir essas mortes.

Fonte: JAMA Pediatrics. DOI: 10.1111/jspn.12213.

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