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23 de abril de 2014 (Bibliomed).Algumas crianças ganham peso depois de terem suas amígdalas removidas, mas esse ganho de peso não parece levar à obesidade, segundo um novo estudo. Somente nos Estados Unidos, a cada ano cerca de 500.000 crianças têm suas amígdalas removidas, geralmente por motivos relacionados a infeções de repetição e dificuldades respiratórias.
No novo estudo , uma equipe da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia, acompanhou os resultados relativos ao peso de 815 crianças submetidas à amigdalectomia (cirurgia de retirada das amigdalas, também chamada de tonsilectomia). De um modo geral, o peso das crianças aumentou em média de pouco mais de 6 por cento em 18 meses de sua cirurgia, e seu índice de massa corporal (uma estimativa da gordura corporal baseada na altura e peso) subiu uma média de 8 por cento. Os maiores aumentos de peso ocorreram em crianças que eram menores e com idade inferior a 4 anos no momento da cirurgia. Crianças com mais de 8 anos de idade ganharam menos peso, e as crianças que já eram mais pesadas antes de sua cirurgia não ganharam peso, de acordo com os pesquisadores.
Os resultados do estudo indicam que, apesar de muitas crianças ganharem peso após a retirada das amígdalas, houve apenas um pequeno aumento no número de crianças que eram obesas : 14,5 por cento contra 16,3 por cento antes e depois da cirurgia. Isto sugere que a remoção das amígdalas não está associada a maiores taxas de obesidade, concluíram os pesquisadores.
Uma possível interpretação desta observação clínica seria a de que algumas crianças com problemas de respiração noturna significativas - como a apneia do sono - na verdade estariam abaixo do peso antes da cirurgia, devido ao aumento do trabalho respiratório, ou devido a problemas alimentares obstrutivos relacionados ao tamanho das amígdalas. Assim, após a cirurgia, essas crianças podem evoluir para um peso mais adequado para sua idade e altura, por dormirem melhor e terem uma melhor alimentação.
O estudo foi publicado na revista médica JAMA Otolaryngology - Head & Neck Surgery de abril de 2014.
Fonte: JAMA Otolaryngology - Head & Neck Surgery, abril de 2014.
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