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Retirada cirúrgica das amígdalas pode piorar a qualidade do sono das crianças

26 de outubro de 2007 (Bibliomed). As amígdalas são estruturas presentes na garganta, que auxiliam na defesa local contra agentes infecciosos, tais como bactérias e vírus. Apesar do seu papel salutar, algumas vezes as amígdalas são sede de infecções de repetição, fato que culmina em seu crescimento excessivo e subseqüente elevação de problemas de ouvido e de novas infecções de garganta. Diante destes casos a retirada cirúrgica da estrutura condiciona melhora no desempenho escolar, na audição e na respiração.

Pesquisadores norte americanos, da Yale School of Medicine, publicaram um estudo na revista Journal of Pediatric Psychology, em Setembro de 2007, onde analisaram as modificações no padrão de sono, de crianças que tiveram suas amígdalas retiradas. Participaram da pesquisa 55 crianças, com idades entre 6 e 12 anos, as quais foram acompanhados por 5 noites antes e 5 noites após a cirurgia.

Os resultados apresentados demonstraram que as crianças tiveram uma queda importante na qualidade do sono após a retirada operatória das amígdalas. Pelo menos um terço dos participantes cursou com redução da eficiência do sono após a cirurgia. As crianças, com pior relacionamento social e ansiosas, foram as mais propensas a apresentar piora da qualidade do sono, bem como incorreram em maior magnitude de dor pós-operatória.

Com isso, os autores concluem que a excisão das amígdalas pode se associar a um decréscimo na qualidade do sono das crianças. Não se sabe, entretanto, se essa diminuição do sono é duradoura ou não.

Fonte: J Pediatr Psychol. 2007 (Sep 12). PMID: 17855728.

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