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Estudo associa anestesia a um maior risco de doença de Alzheimer

26 de março de 2010 (Bibliomed). Um estudo recentemente realizado na Espanha com ratos indica que a anestesia é segura para os animais normais, mas pode ser prejudicial para aqueles com os fatores de risco genéticos para doença de Alzheimer - condição degenerativa que, geralmente, afeta a população idosa, causando principalmente perda de memória. De acordo com os autores, essas descobertas sugerem um possível mecanismo de desenvolvimento da doença, apoiando estudos epidemiológicos que mostram uma prevalência maior do mal de Alzheimer nos pacientes submetidos a anestesia e cirurgia.

Coordenada por cientistas do Hospital Ramon y Cajal, em Madri, a pesquisa mostrou que o uso de anestesia repetitiva com isoflurano - um dos mais comuns anestésicos por inalação - aumenta os riscos de desenvolvimento de alterações no cérebro de ratos com mutações da proteína precursora de amiloide. E, segundo os pesquisadores, essas mudanças são similares àquelas observadas na doença de Alzheimer, principalmente com relação à formação das placas de amiloide no cérebro, que está associada à condição.

Apesar de mais estudos serem necessários para confirmação e para desvendar os mecanismos envolvidos nessa relação, o pesquisador Justo Garcia de Yebenes, baseado nos resultados, destaca que, “antes da cirurgia que requer anestesia, pode ser ideal saber o panorama genético dos pacientes para que as drogas utilizadas e o padrão da anestesia possam ser personalizados de acordo (com essas informações)”.

Fonte: Journal of Alzheimer’s Disease. 16 de março de 2010.

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