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29 de dezembro de 2010 (Bibliomed). Ter altos níveis de colesterol “bom” (HDL) pode reduzir os riscos de desenvolver doença de Alzheimer e outras demências, segundo estudo publicado na edição de dezembro da revista médica Archives of Neurology. Realizada por especialistas da Universidade de Columbia, nos EUA, a pesquisa avaliou mais de mil idosos, e indicou uma associação entre dislipidemia (altos níveis de colesterol total e triglicérides) e demência.
“Dislipidemia e início tardio de doença de Alzheimer são muito frequentes em sociedades ocidentais”, escreveram os autores na publicação. “Mais de 50% da população americana adulta tem colesterol alto. Cerca de 1% das pessoas com idades entre 65 e 69 anos desenvolvem doença de Alzheimer, e a prevalência aumenta para mais de 60% em pessoas com mais de 95 anos”, completaram.
Durante o estudo, foram registrados 101 novos casos de doença de Alzheimer, dos quais 89 eram “prováveis” e 12 eram “possíveis”. E os voluntários que apresentavam maiores níveis de “bom” colesterol - 55 mg/dL ou mais -pareciam ter, significativamente, menor risco de desenvolver a doença. Além disso, maior colesterol total e maiores níveis de colesterol “ruim” (LDL) também foram associados a um menor risco da doença, mas, após considerarem fatores de risco vasculares e tratamentos para a dislipidemia, os especialistas observaram que essa associação não era significativa.
“Neste estudo, altos níveis de colesterol HDL foram associados a um menor risco de doença de Alzheimer provável e possível”, destacaram os autores. “Uma importante consideração na interpretação dos resultados é que o estudo foi conduzido em uma comunidade de idosos urbana e multiétnica com alta prevalência de fatores de risco para mortalidade e demência. Assim, os resultados podem não ser generalizáveis para coortes com pessoas mais jovens ou com participantes com menor carga de morbidade”, concluíram.
Fonte: Archives of Neurology. Dezembro de 2010.
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