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Campanha contra Aids terá como tema "homens que fazem sexo com homens"

05 de Abril de 2002 (Bibliomed). A Coordenação Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde, aprovou a realização da campanha destinada aos “Homens que Fazem Sexo com Homens” (HSH). Com caráter preventivo e educativo, a campanha é considerada um marco pelo comitê assessor que discute medidas efetivas de controle de doenças sexualmente transmissíveis entre os homossexuais.

O projeto para montagem da campanha já vinha sendo desenvolvido há alguns meses, mas faltava a aprovação da coordenação nacional. Com o aval, teve início a impressão de materiais, seleção dos atores, escolha das locações, filmagem e edição final dos produtos.

Nova reunião com o comitê assessor vai definir a estratégia e a melhor data para a divulgação da campanha, que é direcionada aos homossexuais, mas também aos profissionais de saúde, às escolas e à população em geral.

A campanha tem objetivo de estimular o respeito às diferenças e a aceitação da diversidade sexual como fatores essenciais para a prevenção. O diálogo e a aceitação na família serão temas abordados. Pretende-se também sensibilizar a sociedade para melhorar o relacionamento dos homossexuais no âmbito social. Isso, garantem os profissionais de saúde, auxilia na busca de aconselhamento e diagnóstico para as doenças sexualmente transmissíveis.

Dois filmes e um vídeo produzidos pela Coordenação de DST e Aids de São Paulo serão incorporados ao material da campanha e exibidos nos cinemas e salas de aula. A prática do sexo seguro será reforçada.

Grupos de homossexuais comemoram a iniciativa do governo e reforçam a necessidade da abordagem ampla e franca sobre a diversidade sexual como fator essencial na luta contra a epidemia da Aids.

O último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde apontou um índice de infecção pelo HIV de 0,5% da população brasileira. Desde o início da epidemia, em 1980, foram contaminadas 590 mil pessoas no Brasil. Desse total, 150 mil morreram.

A transmissão sexual responde por 67% dos casos notificados, sendo que a prática heterossexual é responsável pela maioria dos novos casos (46%). A prática homossexual, entretanto, é responsável por 12,2% dos casos e a bissexual por 9% das notificações.

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