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Adolescentes são alvos de campanha contra Aids no carnaval

18 de Fevereiro de 2003 (Bibliomed). Os números oficiais da Aids apontam para uma 'feminilização' da epidemia ano a ano. Segundo o Ministério da Saúde, enquanto que no período de 1980-1990, havia uma média de 6,5 casos de Aids em homens para cada caso observado em mulheres, no período entre 1991-2001 a relação média foi de 2,4 casos em homens para cada caso na população feminina.

Entre os adolescentes, a situação é ainda mais clara. Em 2000, foram 191 casos em meninas de 13 a 19 anos contra 151 casos em rapazes da mesma idade. Em 2001, foram notificados 152 casos de Aids em adolescentes do sexo feminino, contra 91 em adolescentes homens. Sendo que 93,1% dessas jovens foram infectadas através da relação sexual e 6,5% pelo uso de droga injetável. Entre os jovens de até 24 anos, a relação homem-mulher já está igual, tendendo para as mulheres superarem os homens também.

Diante dessa nova realidade, o Ministério da Saúde resolveu colocar a população jovem, principalmente as adolescentes do sexo feminino, como alvo da campanha de prevenção à Aids no carnaval. Transmitida pela cantora Kelly Key, até o dia 3 de março, a mensagem procura estimular as jovens que iniciam a vida sexual a tomarem para si a responsabilidade da prevenção à Aids, exigindo que o parceiro use o preservativo e não tenham vergonha de comprá-lo ou carregá-lo na bolsa. “Procuramos nos dirigir a esse público para reforçar a capacidade de negociação que a menina tem no seu relacionamento”, explicou o ministro da Saúde, Humberto Costa, no lançamento da campanha, no último dia 13, em Brasília.

Além das peças publicitárias, que incluem comercial para TV, três jingles para rádio, 510 mil cartazes, 100 totens para aeroportos e outdoors, serão distribuídos 9 milhões de camisinhas, além das 19 milhões distribuídas mensalmente para os estados. Serão gastos cerca de R$ 4 milhões.

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