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BRASIL: Governo Federal Distribui Vinte Milhões de Camisinhas no Carnaval

São Paulo, 6 de Fevereiro de 2001 (eHealthLA). O Ministério da Saúde vai distribuir 20 milhões de camisinhas durante o Carnaval deste ano, numa campanha que procura alertar sobre os riscos de contaminação pela Aids. Pela mudança no perfil epidemiológico da doença, que atualmente pode afetar a todos, o tema escolhido para a campanha foi: "Ninguém está livre da Aids. Nem você".

De acordo com Rosimeire Munhoz, coordenadora da Unidade de Prevenção do Programa Nacional de Aids, o Ministério pretende enfatizar que o uso de preservativo é importante mesmo para quem tem parceiro fixo. “Para que as pessoas se previnam é importante deixar claro o risco que estão correndo”, explicou.

Atualmente cerca de 44 milhões de homens, mulheres e crianças vivem com o HIV ao redor do planeta. A maioria, cerca de 23 milhões, vive na África subsaariana. No Brasil, existem hoje 540 mil pessoas vivendo com Aids. Se, no início da epidemia, a Aids estava associada a pequenos grupos, nos últimos anos o perfil dos infectados vem sofrendo mudanças consideráveis. Hoje a doença ataca milhares de homens e mulheres heterossexuais, fazendo mais vítimas nos países subdesenvolvidos.

“Para reverter esse cenário é preciso mais investimentos na prevenção, por meio das campanhas educativas e, no futuro, com vacinas”, diz o infectologista Ricardo Diaz, da Universidade Federal de São Paulo. Segundo ele, a população pode e deve dar sua parcela de contribuição para impedir o contágio. A principal atitude: usar preservativo em todas as relações sexuais, inclusive durante o sexo oral.

Mulheres

O governo brasileiro está preocupado com o avanço da doença entre as mulheres. Em 1985 havia 25 homens com o HIV para cada vítima do sexo feminino. Hoje essa proporção é de dois para um. E a maioria das infectadas pegou a doença dos próprios maridos ou namorados. Portanto,segundo os especialistas, o certo é lançar mão da camisinha mesmo quando se tem um relacionamento estável.

Em vista disso, o Ministério da Saúde tem patrocinado campanhas constantes, incentivando o uso de preservativos; e não apenas no Carnaval. Para Rosimeire, as campanhas públicas precisam ser melhor trabalhadas junto às comunidades de menor poder aquisitivo e de baixa escolaridade, nas quais é mais difícil a mudança de comportamento, por desinformação.

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