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Atraso de Verba Adia Campanha Contra Aids para 3 de Dezembro

SÃO PAULO (Reuters) - Pela primeira vez em 15 anos, a campanha de prevenção da Aids do Ministério da Saúde será lançada com atraso. Prevista para ser lançada no dia 23 de novembro, teve de ser adiada devido a problemas de repasse de verba, de acordo com Renato Teixeira, coordenador do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde.

Segundo Teixeira, a campanha será lançada no próximo dia 3. "Espero que recupere qualquer prejuízo causado em função de seu atraso", disse na sexta-feira, Dia Mundial de Combate à Aids.

A nova campanha "Não leve Aids para casa, use camisinha" se dirige a homens heterossexuais e pretende conter o avanço da infecção com HIV entre mulheres, principalmente entre aquelas em relação estável e com um único parceiro, de acordo com Teixeira.

Dados do ministério indicam que, atualmente, o crescimento da Aids entre mulheres é três vezes maior do que entre homens.

Em 1985, a proporção da infecção com HIV entre os sexos era de 25 homens para uma mulher. Em 2000, esta relação é de dois homens para uma mulher, segundo o ministério.

DIÁLOGO E REFLEXÃO

Além de propor o uso de preservativo, a campanha pretende estimular o diálogo entre o casal e fazer com que o homem reflita sobre sua vida sexual, disse Teixeira à Reuters.

"A campanha irá orientar, por exemplo, o homem a usar camisinha em uma relação extraconjugal e a conversar com a parceira caso não esteja seguro em relação a relacionamentos passados", explicou Teixeira.

Composta de filmes de televisão, spots de rádio, outdoors, folders e cartazes, será veiculada por cerca de duas semanas, afirmou Teixeira. "Além disso, como parte da campanha, será criada uma 'hotline' que transmitirá mensagens educativas gravadas", acrescentou Teixeira.

Atualmente, 540.000 pessoas vivem com o vírus da Aids no Brasil, que possui o maior número absoluto de infectados pelo HIV da América Latina.

Sinopse preparada por Reuters Health

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