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Cientistas desenvolvem vacina comestível contra hepatite B

Belo Horizonte, 13 de Setembro de 2001 (Bibliomed). Criar uma vacina comestível contra a hepatite B, a partir de folhas de alface, é o desafio dos pesquisadores do Centro de Biociências e Biotecnologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). A idéia é transferir, para o vegetal, um gene do vírus HBV, causador da hepatite B, usando técnicas de engenharia genética.

Segundo o coordenador da pesquisa, Jackson Marcondes, a planta transgênica produzirá uma proteína do vírus, que vai funcionar como antígeno e provocar a formação de anticorpos. Esses anticorpos vão oferecer proteção contra a doença. Para o pesquisador, a produção de antígenos em vegetais manipulados geneticamente é um sistema seguro, econômico e eficaz – que pode trazer bons resultados para a saúde da população.

A hepatite é uma inflamação do fígado. Na maioria das vezes, é causada por vírus. Já existem vacinas contra os tipos A e B. A hepatite B é transmitida pela saliva, pelo leite materno, contato sexual ou sangue contaminado. Geralmente não apresenta sintomas, mas pode causar cirrose e até mesmo câncer.

Bebês devem ser vacinados logo no primeiro mês de vida. E, depois, tomar dose de reforço. A vacina é aplicada com injeção e, além do choro, pode causar dor no local da aplicação. Uma nova vacina, comestível, pode significar um alívio para papais e mamães.

A hepatite A é a mais branda, comum em crianças em idade escolar, mas perigosa quando atinge adultos. O contágio se dá por via oral, através da ingestão de alimentos mal lavados ou de água contaminada por fezes. Para evitar a doença, higiene e saneamento básico são essenciais. A vacina pode ser tomada a partir dos dois anos de idade. A hepatite C é a mais grave. Tem semelhanças com a hepatite B, mas para ela não existe vacina.

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