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Vacina Comestível Poderá Proteger contra Hepatite B

Por Maggie Fox

WASHINGTON (Reuters) - Cientistas afirmaram na segunda-feira que estão perto de desenvolver uma vacina comestível contra o vírus da hepatite B, que infecta bilhões de pessoas e pode causar doenças hepáticas, câncer e até mesmo a morte.

Os pesquisadores desenvolveram uma batata geneticamente modificada para produzir a vacina em sua casca.

A vacina ainda não está acabada, mas é similar à que está disponível. "A vacina contra a hepatite B atualmente em uso é...baseada em um antígeno produzido por leveduras. Demonstramos que podemos produzir o mesmo antígeno em plantas", disse Hugh Mason, coordenador do estudo, do Instituto de Pesquisa Botânica Boyce Thompson, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos.

Há muitos anos, cientistas sabem que uma proteína do vírus da hepatite B, conhecida como HBsAg, pode produzir uma resposta imunológica do organismo.

Sabe-se também que o gene dessa proteína pode ser introduzido em leveduras, que por sua vez, podem se multiplicar e produzir a proteína que pode ser usada para fabricar a vacina.

O problema é que esse processo não é barato e a vacina precisa ser refrigerada, tornando difícil a distribuição a áreas remotas.

"Queremos tentar produzir esse material em plantas e demonstrar o potencial de entrega através de uma forma simples: comendo o material da planta. Nosso estudo com camundongos sugeriu que essa pode ser uma estratégia possível", afirmou Mason.

O pesquisador e sua equipe alteraram geneticamente batatas para que produzissem a proteína e forneceram o tubérculo a camundongos.

Os pesquisadores disseram, na revista Nature Biotechnology, que os animais produziram anticorpos contra o vírus da hepatite B.

"É obvio que haverá uma diferença entre humanos e camundongos. É provável que precisaremos de uma resposta mais forte", destacou Mason.

O pesquisador avalia que outras plantas, além de batatas, poderão ser usadas em suas vacinas. Ele espera que milho, espinafre e alguns outros alimentos possam ser úteis.

Mason também acredita que vegetais frescos não serão utilizados, mas talvez uma versão processada -- como uma barra que pode ser estável e fácil de distribuir -- poderá ser usada.

Sinopse preparada por Reuters Health

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