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10 de outubro de 2025 (Bibliomed). Caminhar mais pode ser uma estratégia simples e eficaz para reduzir o risco de problemas cardíacos graves em pessoas com hipertensão. É o que mostra um estudo publicado no European Journal of Preventive Cardiology, que analisou a relação entre o número de passos diários, a intensidade da caminhada e a ocorrência de eventos cardiovasculares maiores.
A pesquisa utilizou dados de 36.192 adultos com hipertensão, participantes do UK Biobank, que usaram acelerômetros no pulso por sete dias. O acompanhamento médio foi de 7,8 anos. Os resultados revelaram que cada aumento de 1.000 passos por dia — até o limite de 10 mil passos — esteve associado a uma redução média de 17,1% no risco geral de eventos cardiovasculares graves (como infarto, insuficiência cardíaca e derrame).
A redução foi ainda mais expressiva para insuficiência cardíaca (22,4%) e acidente vascular cerebral (24,5%). A intensidade da caminhada, medida pela cadência de pico em 30 minutos, também se mostrou importante: passos mais rápidos aumentaram o efeito protetor.
Segundo os pesquisadores, os benefícios foram semelhantes para pessoas com e sem hipertensão na prevenção geral de eventos cardíacos, insuficiência cardíaca e AVC, embora o impacto sobre o infarto tenha sido um pouco menor no grupo hipertenso.
Os autores destacam que incorporar mais passos no dia a dia, de forma constante e em bom ritmo, pode ser uma intervenção simples, de baixo custo e acessível para melhorar a saúde cardiovascular.
Fonte: European Journal of Preventive Cardiology. DOI: 10.1093/eurjpc/zwaf441.
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