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Epilepsia relacionada a lesão cerebral está associada a maior risco de morte

27 de novembro de 2025 (Bibliomed). Pessoas que desenvolveram epilepsia após um traumatismo cranioencefálico podem ter maior probabilidade de morrer precocemente do que outros com epilepsia. No entanto, o risco pode depender da causa da lesão cerebral. É o que indica estudo realizado no Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram registros da Administração de Saúde de Veteranos (Veterans Health Administration) de mais de 210.000 veteranos militares com epilepsia. Destes, quase 29.000 desenvolveram o distúrbio convulsivo dentro de cinco anos após sofrerem um traumatismo cranioencefálico.

Durante um acompanhamento de cerca de seis anos, pessoas cuja epilepsia estava relacionada a lesões cerebrais apresentaram 2% mais chances de morrer do que outras. Contudo, o risco variava de acordo com a causa da lesão cerebral:

  • Aqueles com fraturas no crânio apresentaram um risco de morte 18% maior.
  • Aqueles que sofreram uma concussão grave que causou danos cerebrais extensos apresentaram um risco 17% maior. Aqueles com concussão que afetaram gravemente uma parte específica do cérebro apresentaram um risco 16% maior.

Os pesquisadores afirmaram que lesões graves provavelmente causam altos níveis de inflamação no cérebro, aumentando o risco de epilepsia. Entretanto, os resultados também mostraram que pessoas que sofreram concussões moderadas antes de desenvolver epilepsia apresentaram um risco de morte menor do que aquelas sem lesão cerebral traumática.

Isso pode ocorrer porque pessoas com epilepsia não relacionada a trauma podem ter desenvolvido o distúrbio devido a acidente vascular cerebral (AVC), infecções ou câncer e, portanto, podem apresentar taxas de mortalidade mais altas do que pessoas com concussões simples.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000214344.

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