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Brasil reduz mortalidade infantil, mas desigualdades regionais ainda preocupam

15 de setembro de 2025 (Bibliomed). Um estudo publicado na The Lancet Regional Health – Americas revela que o Brasil avançou significativamente na redução da mortalidade infantil nas últimas décadas, mas ainda enfrenta desafios para atingir metas mais ambiciosas e eliminar desigualdades regionais. Entre 1998 e 2022, a taxa de mortalidade em menores de cinco anos caiu 54%, passando de 32,5 para 15,1 mortes a cada mil nascidos vivos, atingindo assim os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

No entanto, o estudo aponta que nenhuma unidade da federação está no caminho para alcançar as metas nacionais mais rigorosas definidas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que prevê, por exemplo, reduzir a mortalidade infantil para 7,7 por mil até 2030.

Pior: entre 2018 e 2022, houve aumento anual nas taxas de mortalidade infantil (+0,10) e em menores de cinco anos (+0,22), o que acende um alerta. O estado de Santa Catarina apresentou os melhores indicadores em 2022, com 11,5 mortes por mil nascidos vivos, enquanto Roraima teve os piores, com 24,6.

Os pesquisadores ressaltam que, embora o Brasil tenha feito avanços notáveis, as desigualdades regionais persistem e podem comprometer os resultados futuros. Para garantir que mais vidas sejam salvas, será necessário investir em políticas públicas mais eficazes, com foco nas regiões mais vulneráveis e nos determinantes sociais da saúde.

Fonte: The Lancet Regional Health – Americas. DOI: 10.1016/j.lana.2025.101133.

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