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23 de maio de 2025 (Bibliomed). Um estudo recentemente publicado na revista New England Journal of Medicine revelou que tratar o parceiro masculino pode reduzir significativamente a recorrência da vaginose bacteriana em mulheres. A vaginose bacteriana é uma infecção comum, afetando cerca de um terço das mulheres em idade reprodutiva, e frequentemente retorna após o tratamento convencional.
A pesquisa envolveu 150 casais, nos quais as mulheres foram diagnosticadas com vaginose bacteriana e estavam em um relacionamento monogâmico. As participantes foram divididas em dois grupos: um no qual apenas a mulher recebeu o tratamento padrão e outro em que tanto a mulher quanto o parceiro masculino foram tratados. Os homens do segundo grupo receberam comprimidos de metronidazol e creme de clindamicina para aplicação na pele peniana, ambos administrados por sete dias.
Os resultados mostraram que a taxa de recorrência da infecção foi significativamente menor no grupo em que ambos os parceiros receberam tratamento. Apenas 35% das mulheres deste grupo voltaram a apresentar a infecção em até 12 semanas, em comparação com 63% no grupo onde somente a mulher foi tratada. Com base nesses achados, o estudo foi encerrado mais cedo, pois ficou evidente que tratar apenas a mulher era menos eficaz.
Os pesquisadores destacaram que os efeitos colaterais nos homens foram leves e incluíram náusea, dor de cabeça e gosto metálico na boca. A descoberta reforça a importância de considerar o tratamento do parceiro masculino para melhorar as taxas de cura e evitar novas infecções.
Fonte: The New England Journal of Medicine. DOI: 10.1016/j.eururo.2025.03.015.
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