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21 de agosto de 2020 (Bibliomed). A composição da bactéria que coloniza o pênis de um homem pode ajudar a prever o risco de uma infecção vaginal séria e difícil de tratar em sua parceira, sugere uma nova pesquisa da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.
A vaginose bacteriana pode causar problemas na gravidez e tornar a mulher mais vulnerável a várias doenças sexualmente transmissíveis. Mais de 20% das mulheres em todo o mundo contraem vaginose bacteriana.
Para o estudo, os pesquisadores acompanharam 168 casais heterossexuais no Quênia, África, e descobriram que as mulheres cujos parceiros tinham bactérias relacionadas à vaginose bacteriana em seu pênis eram mais propensas a desenvolver vaginose em um ano. No país, a vaginose bacteriana afeta de 20% a 50% das mulheres.
As mulheres no estudo tinham pelo menos 16 anos quando se inscreveram. Todas tinham um parceiro masculino e nenhuma tinha vaginose bacteriana quando o estudo começou. Todas foram acompanhadas por um ano.
Quase um terço das mulheres desenvolveram vaginose bacteriana, com risco aumentando se o parceiro masculino não fosse circuncidado. O esfregaço bacteriano feito no início da pesquisa revelou uma associação clara entre o aumento do risco e a presença de bactérias relacionadas à vaginose bacteriana no parceiro masculino.
Mas os problemas permanecem: não há nenhum teste fácil de administrar ou acessível para os homens, e o regime de tratamento é incerto - um medicamento tópico provavelmente não funcionará. Além disso, os pesquisadores ressaltam que não sabem que tipo de antibiótico, dose ou duração pode ser mais benéfico para fornecer aos parceiros sexuais masculinos.
A vaginose bacteriana geralmente é assintomática, mas pode causar corrimento vaginal, odor e irritação. Também pode levar a complicações na gravidez e a uma maior vulnerabilidade a outras infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, vírus do herpes simplex, clamídia e gonorreia.
Normalmente, as mulheres são tratadas com antibióticos. Mas em cerca de metade dos casos, a infecção retorna em seis meses. Isso desencadeou uma busca por tratamentos mais eficazes, incluindo intervenções bioterapêuticas agora em revisão.
Fonte: Frontiers in Cellular and Infection Microbiology. DOI: 10.3389/fcimb.2020.00433.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
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