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01 de setembro de 2025 (Bibliomed). Estudo realizado na Universidade Monash, na Autrália, mostrou a importância de se tratar o parceiro das mulheres que sofrem com vaginose bacteriana para prevenir recorrências.
A vaginose bacteriana é causada por uma alteração nas bactérias presentes na vagina, onde as bactérias "boas" ou "saudáveis", chamadas lactobacilos, são substituídas por um grupo de bactérias "ruins" ou "não ideais", causando sintomas como corrimento e odor.
Desde a década de 1980, a vaginose bacteriana é tratada com antibióticos, mas metade das mulheres apresenta recorrências dentro de três a seis meses após o término do tratamento com antibióticos. Mulheres em relacionamentos monogâmicos com um parceiro sexual regular têm ainda mais probabilidade de desenvolver vaginose bacteriana novamente após o uso de antibióticos.
Para o estudo, os pesquisadores determinaram que a vaginose bacteriana é de fato transmitida sexualmente e relataram que, quando os parceiros masculinos utilizavam terapias antimicrobianas orais e tópicas, essas medidas — combinadas com o tratamento antibiótico usual para mulheres — resultaram em taxas de recorrência significativamente menores. Eles encontraram uma taxa de 35% de recorrência de vaginose bacteriana entre casais nos quais ambos os parceiros foram tratados, em comparação com uma taxa de 63% de recorrência entre aqueles em um grupo de controle de tratamento padrão após 12 semanas.
Eles empreenderam o esforço depois que estudos anteriores mostraram que os homens podem carregar bactérias associadas à vaginose bacteriana na uretra, e que os micróbios encontrados no pênis podem prever o risco de uma mulher contrair a doença.
Fonte: New England Journal of Medicine. DOI: 10.1056/NEJMoa2405404.
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