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26 de março de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado pela Universidade do Sul da Flórida e o Instituto de Câncer do Hospital Geral de Tampa, nos Estados Unidos, revelou uma possível ligação entre alimentos ultraprocessados e o câncer colorretal, a segunda principal causa de mortes relacionadas ao câncer nos Estados Unidos. Pesquisadores descobriram que a dieta ocidental, rica em açúcares, gorduras saturadas e óleos inflamatórios, pode aumentar a inflamação crônica no corpo, contribuindo para o crescimento de tumores.
Os cientistas analisaram 162 amostras de tumores de pacientes e observaram um excesso de moléculas inflamatórias e uma escassez de moléculas que promovem a cura. "O câncer é como uma ferida que não cicatriza. Uma dieta baseada em alimentos ultraprocessados reduz a capacidade do corpo de curar essas feridas, permitindo que o câncer cresça", explicou o pesquisador Timothy Yeatman.
A pesquisa também destacou a importância de uma abordagem chamada "medicina de resolução", que utiliza alimentos saudáveis, ricos em gorduras benéficas, como ômega-3, encontrados em peixes, algas e vegetais, para reverter a inflamação. Estudos iniciais com derivados de óleo de peixe mostraram resultados promissores na redução da inflamação na raiz.
Além do câncer colorretal, o consumo de alimentos ultraprocessados está associado a outras doenças, como Alzheimer, diabetes e problemas cardiovasculares. Segundo os pesquisadores, um estilo de vida equilibrado, com dieta saudável, sono adequado e exercícios, pode fortalecer o sistema imunológico e prevenir doenças.
Este estudo reforça a urgência de repensar a dieta moderna e promover hábitos alimentares naturais para proteger a saúde a longo prazo.
Fonte: Gut. DOI: 10.1136/gutjnl-2024-332535.
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