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03 de outubro de 2024 (Bibliomed). Uma nova pesquisa mostra que as ondas de ultrassom emitidas por um dispositivo implantado no crânio de um paciente com câncer podem ser a chave para levar medicamentos de quimioterapia e imunoterapia ao cérebro.
Esta tecnologia de ultrassom permitiu aos médicos da Northwestern Medicine, em Chicago, fazer com que uma pequena dose desses medicamentos ultrapassasse a barreira hematoencefálica. Além do mais, o tratamento aumentou o reconhecimento das células cancerígenas cerebrais pelo sistema imunológico.
O estudo envolveu quatro pacientes com câncer cerebral avançado. Eles já haviam sido tratados com quimioterapia e participaram de um ensaio clínico experimental, mas em ambas as vezes os tumores retornaram. Os pacientes receberam um implante que utiliza ondas de ultrassom para produzir “microbolhas” que abrem temporariamente a barreira hematoencefálica.
Através dessas bolhas, seus cérebros recebiam uma pequena dose do quimioterápico doxorrubicina, combinada com anticorpos que permitiriam ao sistema imunológico detectar e atacar melhor as células cancerígenas. Essa combinação impulsionou o reconhecimento das células cancerígenas e revigorou as células imunológicas responsáveis por atacar e matar os tumores.
Os pesquisadores estão planejando um ensaio clínico de acompanhamento que tratará inicialmente 10 pacientes com câncer no cérebro para determinar a segurança, seguidos por outros 15 pacientes para testar a eficácia. Grandes ensaios clínicos anteriores não conseguiram demonstrar que a imunoterapia pode prolongar a sobrevivência em pacientes com câncer cerebral.
Fonte: Nature Communications.DOI: 10.1038/s41467-024-48326-w.
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