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28 de novembro de 2024 (Bibliomed). Engenheiros da Universidade de Utah desenvolveram um dispositivo de ultrassom promissor para tratar dor crônica, uma condição que afeta milhões de pessoas. O novo dispositivo, chamado Diadem, utiliza ultrassom para estimular regiões profundas do cérebro de forma não invasiva, interrompendo os sinais defeituosos que levam à dor crônica.
Resultados preliminares de um estudo clínico, publicado na revista Pain, mostraram que 60% dos participantes que receberam o tratamento com o Diadem relataram uma redução significativa dos sintomas de dor após apenas uma sessão de 40 minutos. O efeito foi percebido tanto um dia quanto uma semana após o tratamento, indicando um alívio rápido e duradouro.
A dor crônica muitas vezes decorre de sinais defeituosos no cérebro, que continuam a disparar falsos alarmes mesmo após a cura de um ferimento ou em casos complexos como membros amputados. O Diadem atua através da neuromodulação, técnica que regula diretamente a atividade de circuitos cerebrais específicos. Diferente de outras abordagens que utilizam correntes elétricas ou campos magnéticos, o Diadem pode atingir seletivamente o córtex cingulado anterior, uma área chave do cérebro associada à percepção da dor.
Antes do tratamento, uma ressonância magnética funcional é realizada para mapear a região alvo, ajustando os emissores de ultrassom do Diadem para garantir precisão. A equipe de pesquisadores agora está se preparando para a fase 3 de ensaios clínicos, o último passo antes da aprovação pelo FDA para uso público.
A tecnologia não só promete melhorar a qualidade de vida dos pacientes com dor crônica, mas também pode oferecer uma alternativa viável aos opioides, contribuindo para enfrentar a crise de dependência de opiáceos.
Fonte: Pain. DOI: 10.1097/j.pain.0000000000003322.
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