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Novo tratamento pode eliminar pedras nos rins sem dor

17 de maio de 2023 (Bibliomed). As pedras nos rins são muitas vezes dolorosas. Na maioria dos casos, os pacientes são instruídos a apenas esperar que a pedra saia por conta própria. Mas para cerca de um em cada quatro pacientes isso nunca acontece, desencadeando a necessidade de intervenção cirúrgica.

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, testaram um tratamento não cirúrgico e minimamente doloroso que usa dois tipos de ultrassom para eliminar "cálculos ureterais", fazendo com que eles se quebrem, desalojem e reposicionem para facilitar a passagem dos cálculos mais fácil e rapidamente.

O estudo se concentrou no potencial de combinar duas ferramentas de ultrassom diferentes: propulsão ultrassônica (UP) e litotripsia por ondas de explosão (BWL). A ideia surgiu de um esforço liderado pela NASA para desenvolver uma abordagem sem sedação para pedras nos rins para astronautas em viagens de longa distância.

A propulsão ultrassônica é projetada para ajudar a mover e reposicionar a pedra problemática, enquanto o BWL é implantado para quebrar a pedra em pedaços menores. Essas práticas podem ser realizadas com os pacientes acordados, em sala de emergência ou em clínicas, de forma rápida e indolor.

Para ver como a abordagem de ultrassom duplo pode funcionar, os pesquisadores recrutaram 29 pacientes em 2018, tratando 16 apenas com propulsão e 13 com ela e BWL. Ambas as técnicas utilizam botões diferentes na mesma máquina de ultrassom.

A propulsão ultrassônica desencadeou o movimento de pedras em 19 dos 29 pacientes. Em dois casos, as pedras foram realmente empurradas para fora do trato urinário até a bexiga, proporcionando alívio imediato em um paciente. Já a BWL efetivamente quebrou pedras em sete dos 13 pacientes com UP/BWL, normalmente em 10 minutos ou menos. E mais de duas semanas após o tratamento com ultrassom, as pedras foram eliminadas do corpo em 18 dos 21 pacientes, todos com pedras mais próximas da bexiga do que do rim. Para este grupo, em média, a passagem completa do cálculo levou quatro dias após o procedimento.

Não foram observados efeitos colaterais graves e os níveis de dor foram marcadamente mais baixos após o ultrassom, em geral. Aqueles que não obtiveram o resultado desejado foram para a cirurgia padrão.

Fonte: The Journal of Urology. DOI: 10.1097/JU.0000000000002864.

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