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23 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). Um estudo realizado no Hospital Universitário de Freiburg, na Alemanha, mostrou que oessias com Covid Longo apresentam alterações cerebrais que são diferentes dos cérebros de pacientes com Covid-19 totalmente recuperados.
O Covid-19 induziu um padrão específico de mudanças estruturais microscópicas em várias regiões do cérebro de pessoas com Covid Longo.
Entre 10% e 25% dos pacientes com infecção por Covid-19 podem desenvolver Covid Longo, cujos sintomas podem incluir "névoa cerebral, fadiga, dores articulares ou musculares, falta de ar, distúrbios gastrointestinais, palpitações cardíacas e alterações no olfato ou paladar.
Para o estudo, os pesquisadores escanearam os cérebros dos participantes usando uma nova técnica de ressonância magnética que analisa o movimento das moléculas de água nos tecidos. Este método pode fornecer informações detalhadas sobre a microestrutura do cérebro e detectar até mesmo alterações muito pequenas no cérebro.
As pessoas examinadas incluem 89 pacientes com Covid Longo, 38 pacientes que se recuperaram totalmente de uma infecção por Covid-19 e 46 pessoas saudáveis sem histórico de Covid-19.
Os resultados não apontaram nenhuma perda de voluma cerebral ou lesões que pudessem explicar os sintomas prolongados do Covid, mas descobriram pequenas mudanças em várias regiões do cérebro que diferiram entre pessoas com Covid Longo e aquelas que se recuperaram totalmente.
Os pesquisadores encontraram especificamente uma associação entre essas mudanças microestruturais e redes cerebrais específicas para os sintomas de confusão mental, fadiga e olfato. Eles esperam reexaminar os pacientes no futuro para ver se os seus sintomas clínicos mudam e se essas alterações podem estar relacionadas com a estrutura cerebral.
Fonte: 2023 Radiological Society of North America's Annual Meeting.
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