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Diabetes tipo 2 acelera o envelhecimento cerebral e o declínio cognitivo

24 de junho de 2022 (Bibliomed). Já existem fortes evidências ligando o diabetes tipo 2 ao declínio cognitivo, mas poucos pacientes atualmente passam por uma avaliação cognitiva abrangente como parte de seus cuidados clínicos. Pode ser difícil distinguir entre o envelhecimento cerebral normal que começa na meia-idade e o envelhecimento cerebral causado ou acelerado pelo diabetes. Até o momento, nenhum estudo comparou diretamente as alterações neurológicas em pessoas saudáveis ??ao longo de sua vida com as alterações experimentadas por pessoas da mesma idade com diabetes.

Em um recente estudo publicado na eLife, pesquisadores demonstraram que o envelhecimento normal do cérebro é acelerado em aproximadamente 26% em pessoas com diabetes tipo 2 progressiva em comparação com indivíduos sem a doença. Para definir o impacto do diabetes no cérebro além do envelhecimento normal, a equipe fez uso do maior conjunto de dados de estrutura e função cerebral disponível ao longo da vida humana: dados do UK Biobank de 20.314 pessoas com idades entre 50 e 80 anos. Este conjunto de dados inclui varreduras cerebrais e medições da função cerebral e contém dados para indivíduos saudáveis e aqueles com diagnóstico de diabetes tipo 2. A equipe usou isso para determinar quais alterações cerebrais e cognitivas são específicas do diabetes, e não apenas do envelhecimento, e depois confirmou esses resultados comparando-os com uma meta-análise de quase 100 outros estudos.

Os autores avaliaram a relação entre o envelhecimento cerebral típico e o observado no diabetes tipo 2 e observaram que o diabetes tipo 2 segue um padrão de neurodegeneração semelhante ao envelhecimento, mas que progride mais rapidamente. Uma implicação importante dessa descoberta é que mesmo o envelhecimento cerebral típico pode refletir mudanças na regulação cerebral da glicose pela insulina.

Os resultados sugerem ainda que, no momento em que o diabetes tipo 2 é formalmente diagnosticado, já pode haver danos estruturais significativos no cérebro. Formas sensíveis para detectar alterações associadas ao diabetes no cérebro são, portanto, urgentemente necessárias.

Fonte: eLife 11:e73138.

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