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Pfizer pode precisar de 3ª dose contra variante indiana

12 de julho de 2021 (Bibliomed). A Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta última quinta-feira que estavam desenvolvendo uma versão da vacina contra o coronavírus que tem como alvo a variante altamente contagiosa conhecida como Delta, uma variante que se espalhou por quase 100 países. As empresas esperam iniciar os testes clínicos da vacina em agosto de 2021. A eficácia da vacina pode diminuir seis meses após a imunização, disseram as empresas em um comunicado à imprensa, e doses de reforço podem ser necessárias para evitar variantes do vírus.

As empresas também relataram resultados promissores de estudos com indivíduos que receberam uma terceira dose da vacina original. Segundo as empresas, uma dose de reforço aplicada seis meses após a segunda dose da vacina aumenta a potência dos anticorpos contra o vírus original e a variante Beta em cinco a dez vezes.

Os dados não foram publicados, nem revisados por pares. Os fabricantes de vacinas disseram que esperavam apresentar suas descobertas à Food and Drug Administration dos Estados Unidos nas próximas semanas, um passo para obter autorização para vacinas de reforço.

Porém, as afirmações das empresas contradizem outras pesquisas, e vários especialistas contestaram a afirmação de que serão necessárias doses de reforço. As agências federais americanas CDC e FDA também emitiram uma nota na última semana contrária ao que disseram as empresas, dizendo que os americanos que foram totalmente vacinados não precisam de uma injeção de reforço neste momento. “Estamos preparados para doses de reforço se e quando a ciência demonstrar que são necessárias”, disseram as agências.

Acredita-se que a variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, seja cerca de 60% mais contagiosa do que o Alpha, a versão do vírus que se espalhou pela Grã-Bretanha e grande parte da Europa no início deste ano, e talvez duas vezes mais contagiosa que o coronavírus original.

A variante Delta está agora causando surtos entre as populações não vacinadas em países como Malásia, Portugal, Indonésia e Austrália. Delta também é agora a variante dominante nos Estados Unidos, relatou o C.D.C. relatado na semana passada.

Fonte: The New York Times. July 08, 2021.