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Medidas de isolamento contra COVID-19 tiveram impacto limitado na poluição do ar urbano

05 de fevereiro de 2021 (Bibliomed). Com as medidas de isolamento social adotadas em vários países em decorrência da pandemia de COVID-19, que restringiram atividade industrial e reduziram os volumes de tráfego, muitos moradores da cidade notaram uma redução na poluição urbana.

Vários estudos examinando os primeiros impactos ambientais da pandemia COVID-19 mostraram que as ordens de bloqueio foram seguidas por declínios nas emissões de dióxido de nitrogênio, NO2, frequentemente usados ??como um substituto para poluentes atmosféricos comuns como ozônio, O3 e poluição.

Em uma nova pesquisa, pesquisadores da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, analisaram as mudanças nas concentrações de NO2, O3 e partículas finas em 11 grandes áreas metropolitanas: Pequim, Wuhan, Milão, Roma, Madrid, Londres, Paris, Berlim, Nova York, Los Angeles e Delhi.

Quando os cientistas explicaram os efeitos do clima sobre os poluentes atmosféricos, eles descobriram que os bloqueios eram responsáveis ??por diminuições modestas de NO2 e partículas. Em Paris e Londres, as restrições de bloqueio não tiveram impacto sobre as concentrações de partículas finas. O material particulado fino, ou PM2.5, que inclui aerossóis como fuligem, poluição e cinzas, é prejudicial ao coração e aos pulmões humanos.

A nova análise de dados mostrou que os bloqueios realmente precipitaram um ligeiro aumento nos níveis de ozônio em muitas das principais cidades do mundo. O ozônio pode ser prejudicial às plantações.

Embora as restrições relacionadas ao bloqueio tenham gerado melhorias modestas na qualidade do ar, os benefícios duraram pouco. E mesmo com os casos de COVID-19 aumentando em grande parte da Europa e América do Norte, parece improvável que os tipos de bloqueio de cobertura utilizados na primeira onda sejam implantados novamente.

Durante o breve declínio de NO2 e PM2,5, os dados mostraram que os níveis de ozônio nas cidades aumentaram - muitos poluentes do ar reagem para destruir o ozônio. Com menos exaustão de veículos e menos contaminantes industriais sendo emitidos para a atmosfera, menos ozônio foi destruído.

Segundo os pesquisadores, ao estudar as relações entre os tipos de poluição do ar, como eles reagem às escolhas políticas e às mudanças econômicas, os pesquisadores esperam elaborar planos de redução da poluição do ar mais direcionados.

Fonte: Science Advances. DOI: 10.1126/sciadv.abd669.