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19 de maio de 2025 (Bibliomed). Um novo estudo da Curtin University revelou que a exposição à poluição do ar e a temperaturas extremas durante a gravidez pode aumentar o risco de gestação prolongada, oferecendo novas perspectivas sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde materna.
A pesquisa analisou dados de quase 400.000 nascimentos na Austrália Ocidental e descobriu que altos níveis de poluição do ar (PM2.5) e estresse biotérmico – um índice que combina temperatura do ar, umidade, velocidade do vento e fatores fisiológicos humanos – estavam associados a gestações que ultrapassavam 41 semanas.
Embora os efeitos do clima sobre partos prematuros já sejam conhecidos, este é o primeiro estudo a examinar a relação entre fatores ambientais e o prolongamento da gestação. Os resultados indicaram que gestantes com mais de 35 anos, mães de primeira viagem, mulheres que vivem em áreas urbanas e aquelas com gestações complicadas são as mais vulneráveis.
O prolongamento da gravidez pode trazer riscos significativos, como necessidade de indução do parto, cesárea, complicações no nascimento, maior risco de natimorto e problemas comportamentais na infância. Com o aumento dos eventos climáticos extremos e da poluição atmosférica, especialistas alertam para a importância de políticas públicas que protejam as gestantes e seus bebês.
Medidas como regulamentação da qualidade do ar e campanhas de saúde pública podem ajudar a reduzir os impactos climáticos na saúde materno-infantil. Além disso, médicos e gestantes devem considerar esses fatores ao avaliar riscos e planejar cuidados durante a gravidez.
Fonte: Urban Climate. DOI: 10.1016/j.uclim.2025.102316.
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