Notícias de saúde
29 de dezembro de 2020 (Bibliomed). Segundo pesquisadores da University College London, no Reino Unido, não há evidências de uma ligação entre a vacina de COVID-19 e uma doença neurológica grave chamada síndrome de Guillain-Barré. A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune rara que ataca o sistema nervoso periférico, geralmente causando dormência, fraqueza e dor. Em casos graves, pode causar paralisia e às vezes é fatal.
A causa exata da síndrome de Guillain-Barré não é conhecida, mas ela geralmente ocorre após uma infecção de gastroenterite chamada Camplylobacter, com o sistema imunológico atacando erroneamente os nervos em vez de germes.
Pesquisas anteriores encontraram um aumento nos casos da síndrome de Guillain-Barré durante surtos do vírus Zika na América Latina, e alguns estudos levantaram preocupação sobre uma possível ligação entre a infecção por COVID-19 e a síndrome.
Para o estudo, os pesquisadores compararam os casos de Guillain-Barré no Reino Unido entre 2016 e 2019 com aqueles durante a pandemia de coronavírus no primeiro semestre de 2020. A incidência anual de pacientes com Guillain-Barré tratados em hospitais entre 2016 e 2019 atingiu o máximo de 1,88 por 100.000 pessoas. Entre março e maio de 2020, foi de 40% a 50% menor do que nos mesmos meses de 2016 a 2019.
Os autores disseram que suas descobertas contradizem as de estudos menores e deveriam tranquilizar as pessoas. De acordo com eles, a possibilidade de o SARS-CoV-2 conduzir a um pico global de síndrome de Guillain-Barré foi monitorado com uma série de pequenas séries de casos publicadas já afirmando uma ligação causal.
Os pesquisadores explicam que o estudo epidemiológico mostra que não houve aumento da incidência da síndrome de Guillain-Barré durante a primeira onda de COVID-19; em vez disso, houve uma diminuição e, portanto, nenhuma ligação causal de COVID-19 a ela pode ser feita.
Fonte: Brain. DOI: 10.1093/brain/awaa444.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
Copyright © 2020 Bibliomed, Inc.
Veja também