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Vacinas COVID-19 não podem desencadear a síndrome de Guillain-Barré

13 de maio de 2021 (Bibliomed). Um estudo de caso buscou avaliar a possibilidade de pessoas vacinadas para COVID-19 podem desenvolver a síndrome de Guillain-Barré. Essa é uma doença rara em que o sistema imunológico ataca as células nervosas. Os sintomas começam com fraqueza nas mãos e nos pés e podem progredir para paralisia. Embora a condição possa ser fatal, a maioria das pessoas se recupera. A causa exata da doença não é conhecida, mas pode ocorrer após infecções gastrointestinais ou respiratórias. A cada ano, afeta até 20 pessoas em um milhão. Em casos muito raros, ocorre após a vacinação.

Segundo os pesquisadores, as vacinas COVID-19 agora sendo administradas nos Estados Unidos têm se mostrado seguras e eficazes na redução do risco de doenças graves e morte e estão salvando vidas. De acordo com eles, com aproximadamente um bilhão de pessoas em todo o mundo sendo vacinadas contra COVID-19, prevemos que pode haver milhares de casos de síndrome de Guillain-Barré que ocorrerão na época da vacinação apenas por coincidência.

Duas pessoas no ensaio da vacina COVID-19 da Johnson & Johnson desenvolveram a síndrome de Guillain-Barré, mas é altamente duvidoso que a culpa seja da vacina. Embora as duas pessoas estivessem no mesmo ensaio, uma recebeu a vacina e a outra um placebo de solução salina, o que, segundo os pesquisadores, reforça a possibilidade de que o caso no relatório possa ter sido uma coincidência.

O estudo de caso, concentrou-se em uma mulher saudável de 60 anos de idade que recebeu a vacina em dezembro de 2020. Dez dias depois, ela desenvolveu dores nas costas e nas pernas e, eventualmente, foi incapaz de movê-las.

A mulher foi tratada com imunoglobulina, que fornece anticorpos que o corpo não está produzindo sozinho. Ela começou a reabilitação 10 dias após a internação no hospital e está se recuperando, disseram os pesquisadores em um comunicado à imprensa da Academia Americana de Neurologia.

Enquanto as nações pressionam para vacinar as pessoas contra COVID-19, os pesquisadores afirmam que é vital monitorar de perto possíveis efeitos colaterais e realizar grandes estudos para determinar se o risco da síndrome de Guillain-Barré é semelhante ou diferente do pequeno risco associado a outras vacinas, como a vacina contra a gripe. Segundo eles, tal monitoramento ajudaria a evitar culpar a vacina COVID-19 por efeitos que não estão cientificamente ligados a ela.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000011881.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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