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Vacinas Covid-19 não aumentam o risco de síndrome de Guillain-Barre

19 de dezembro de 2022 (Bibliomed). Um novo estudo não encontrou evidências de que as injeções de COVID-19 aumentem a incidência da síndrome de Guillain-Barré. Segundo os pesquisadores, da Rutgers New Jersey Medical School, nos Estados Unidos, esta informação pode ajudar a garantir a confiança nas vacinas, abordando-as a partir de uma análise estatística objetiva.

Os pesquisadores desenvolveram uma ferramenta de inteligência artificial para que pudessem analisar informações do Vaccine Adverse Event Reporting System (VAERS). Pacientes e médicos relatam quaisquer efeitos nocivos que tiveram de qualquer vacina para esse banco de dados nacional, mantido pelo FDA e pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Os autores se propuseram a entender se havia algum risco da vacina, independentemente da marca. Eles também queriam incluir outros tipos de vacinas porque há muito se sugere uma associação entre vacinas e a síndrome. Eles dividiram os dados em três períodos de tempo: eles usaram o tempo antes do início da pandemia e o intervalo antes que as vacinas fossem criadas como períodos de "controle" que pudessem comparar com o tempo após a oferta das vacinas ao público. Então, foi calculado quantas vacinas foram administradas em cada período de tempo. A análise também incluiu notificações adversas sobre vacinas para influenza, HPV, meningite e pneumonia.

Foi atribuído um valor a cada caso de síndrome de Guillain-Barré que indicava a probabilidade de representar um diagnóstico verdadeiro. Os resultados mostraram que, embora houvesse mais relatos de síndrome de Guillain-Barré após as vacinas COVID-19 em comparação com outras vacinas, essa taxa não foi maior do que a incidência da síndrome de Guillain-Barré na população em geral.

Fonte: Vaccine. DOI: 10.1016/j.vaccine.2022.08.038.