Para idosos, mais atividade física pode significar vidas mais longas e saudáveis

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Saúde do idoso

Dois estudos apresentados no Epidemiology and Prevention | Lifestyle and Cardiometabolic Health (EPI|LIFESTYLE 2020) Scientific Sessions, que ocorreu de 03 a 06 de março de 2020, em Phoenix, Estados Unidos, demonstram a prática de atividade física por adultos mais velhos pode resultar em uma vida mais longa e saudável.

O primeiro estudo avaliou os níveis de atividade física de 1.262 participantes do Framingham Offspring Study. Os participantes tinham idade média de 69 anos, 54% eram mulheres, e foram instruídos a usar um dispositivo que medisse objetivamente a atividade física por pelo menos 10 horas por dia, durante pelo menos quatro dias por semana entre 2011 e 2014.

Os adultos mais velhos tinham 67% menos probabilidade de morrer de qualquer causa se passassem pelo menos 150 minutos por semana em atividade física de intensidade moderada a vigorosa – uma meta recomendada pela American Heart Association – em comparação com aqueles que não se envolveram mais de 150 minutos por semana em atividades similares.

No entanto, os pesquisadores observaram que, entre os participantes com idade média de 69 anos, a atividade física não precisa ser extenuante para ser eficaz. Os resultados apontaram que cada intervalo de 30 minutos de atividades físicas de atividades cotidianas – como fazer tarefas domésticas ou caminhadas casuais – estava associado a um risco 20% menor de morrer por qualquer causa. Por outro lado, cada 30 minutos adicionais de sedentarismo estava relacionado a um risco 32% maior de morrer por qualquer causa.

Já o segundo estudo incluiu mais de 6.000 mulheres inscritas na Women’s Health Initiative, com idade média de 79 anos, metade das participantes era afro-americana ou hispânica, e usaram um acelerômetro na cintura para medir a atividade física por sete dias seguidos. As participantes foram acompanhadas por até sete anos para morte por doença cardíaca.

As mulheres que andaram de 2.100 a 4.500 passos diários reduziram o risco de morrer de ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral e outras doenças cardiovasculares em até 38%, em comparação com as mulheres que andaram menos de 2.100 passos diários. As mulheres que deram mais de 4.500 passos por dia reduziram seu risco em 48%.

O efeito cardioprotetor de mais passos por dia estava presente mesmo depois que os pesquisadores levaram em consideração fatores de risco para doenças cardíacas, como obesidade, colesterol elevado, pressão arterial, triglicerídeos e/ou níveis de açúcar no sangue, e não dependia da rapidez com que as mulheres andaram.

Fonte: Epidemiology and Prevention | Lifestyle and Cardiometabolic Health (EPI|LIFESTYLE 2020) Scientific Sessions. 03 a 06 de março de 2020. Phoenix, Estados Unidos.

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