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Dermatite Seborreica

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste Artigo:

- Introdução
- Quadro Clínico
- Tratamento

A Dermatite Seborreica é um distúrbio que acomete as áreas ricas em glândulas sebáceas no couro cabeludo, na face e no tronco. Esta forma de dermatite também costuma estar associa a infecções por fungos, alterações imunológicas (p.ex.: infecção pelo HIV) e ativação do complemento. O quadro clínico pode ser agravado por alterações na umidade ambiente, por trauma (p.ex.: arranhões) ou estresse emocional, sendo que a severidade pode variar desde uma leve caspa até lesões descamativas disseminadas.

Introdução

A dermatite seborreica (DS) é uma afecção dermatológica bastante comum. Sua denominação deriva do padrão de acometimento cutâneo, que se caracteriza pela predileção por áreas ricas em glândulas sebáceas (couro cabeludo, face, porção superior do tronco).

A DS pode acometer indivíduos de qualquer idade, desde a infância até a idade adulta avançada. No entanto, é mais comum entre as crianças nos três primeiros meses de vida e entre a terceira e sexta décadas. O acometimento dos adolescentes e adultos jovens caracteriza-se pelo surgimento da chamada "caspa", com descamação acentuada do couro cabeludo. Porém, existe ainda controvérsia sobre a associação entre a DS e a caspa. Alguns autores acreditam que a caspa seria uma forma leve da doença, não-inflamatória. Nesses indivíduos, a apresentação pode ser apenas de vermelhidão na prega do nariz, o qual surge em períodos de maior estresse ou de privação de sono. Em crianças com imunodeficiência podem-se observar formas generalizadas da doença.

De acordo com dados internacionais, observou-se uma prevalência de 10% em meninos e de 9,5% em meninas, concentrando-se nos primeiros três meses de vida. Aproximadamente 70% dos pacientes apresentam doença leve. As estimativas relacionadas aos indivíduos idosos são superiores às da população geral. Nos indivíduos com DS crônica, ocorre piora das lesões durante o inverno, porém ainda não existem evidências claras sobre os efeitos da exposição solar sobre as lesões cutâneas.

Quadro Clínico

Em crianças pequenas, a DS apresenta-se comumente com o surgimento de descamação do couro cabeludo. A descamação pode variar quanto à coloração, podendo ser esbranquiçada ou amarelada. Nesses pacientes, não é comum a presença de coçeira, em contraste com as formas do adolescente/adulto e das crianças maiores. Uma apresentação menos comum, nessas crianças, é a forma psoriasiforme, caracterizada por descamação grosseira e bastante ressecada. Aparece entre a terceira e quarta semanas de vida, podendo ser o único sinal de DS.

A DS pode apresentar-se de forma generalizada, envolvendo também regiões de dobras, como dobras dos braços, pernas, pescoço e atrás das orelhas. Nesses locais, pode assumir um aspecto molhado, que se manifesta como assadura de fralda. A forma generalizada associa-se mais frequentemente a estados de imunodeficiência e essas crianças costumam apresentar também diarréia e retardo de crescimento (caracterizando a chamada doença de Leiner).

A DS do adolescente/adulto inicia-se com descamação e vermelhidão do couro cabeludo, prega nasolabial ou região retroauricular. A descamação tem aspecto oleoso e, às vezes, pode acometer também a região central da face. Além disso, pode também manifestar-se como quadro de acne.

Tratamento

Os objetivos do tratamento são reduzir a sensação incômoda e evitar complicações como infecções. Para tanto, podem ser empregados antifúngicos, corticosteróides, ceratolíticos e imunossupressores.

Copyright © 2007 Bibliomed, Inc.                                        17 de janeiro de 2008