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Pesquisa mostra que 25 por cento das alergias de contato podem ser provocadas por metais

São Paulo, 15 de Maio de 2001 (eHealthLA). De acordo com os números apontados pelo Grupo Brasileiro de Estudo em Dermatite de Contato – ligado à Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), mais de 25 por cento das alergias de contato podem ser provocadas por metais.

Ou seja, os pacientes apresentam a chamada “dermatite” (irritação da pele) quando em contato com objetos compostos por qualquer tipo de metal ou ligas metálicas como bijuterias, óculos, peças metálicas de vestuário (zíper, botão e fecho de sutiã), pulseiras de relógio, materiais odontológicos e até ortopédicos.

A pesquisa foi realizada em mais de 900 pessoas seguindo o mesmo teste padrão aplicado em diversos países da Europa e Estados Unidos, que constata a alergia provocada pelos metais mais freqüentes como níquel, cromo, cobalto e mercúrio, entre outros.

“O importante é alertar a população para procurar um especialista assim que detectar o problema e não insistir, no caso de bijuterias, no uso do material.

Tal procedimento pode agravar o problema, resultando em irritações generalizadas”, alerta Drª Susana Lu Chen Wu, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e uma das pesquisadoras do Grupo Brasileiro de Estudo em Dermatite de Contato.

De acordo com Drª Susana, os pacientes que já demonstraram alguma reação ao metal, devem consultar um dermatologista para que este realize testes alérgicos específicos e possa detectar qual metal específico este paciente é alérgico e assim confirmar seu diagnóstico.

Desta forma, a pessoa pode tratar e controlar sua dermatite ou até mesmo evitar definitivamente seu contato com o elemento causador da alergia.

Dermatite de contato profissional

Segundo dados do Centro de Estudos Dermatológicos José Pessoa Mendes, em São Paulo, a dermatite de contato também pode ter sua origem no ambiente de trabalho. Neste caso, trata-se das dermatoses ocupacionais, decorrentes do contato com a pele por substâncias irritantes.

O grau de agressão depende da concentração do irritante, do tempo de contato e do quanto a pele da pessoa esteja saudável. Podem aparecer manchas vermelhas, fissuras e bolhas.

Alguns dos irritantes provocadores de dermatoses ocupacionais são: água (o contato prolongado com a água em pele previamente lesada pode levar a irritação); ácidos (clorídrico, crômico, sulfúrico, acético, nítrico, glacial, etc.); álcalis (hidróxido de amônio, soda cáustica, cimento, resinas, etc.); fluidos de corte; sabões; solventes; plantas (casca de frutas cítricas, tulipa, aspargos); substâncias animais (fezes e urina principalmente); e agentes físicos (frio, calor, umidade, eletricidade, radiações. fricção, pressão e traumas).

Alguns fatores ocupacionais contribuem para o desenvolvimento de sensibilização alérgica: fricção, suor e umidade.

A dermatite de contato profissional pode ser confundida com a disidrose, as micoses e a psoríase. O principal exame laboratorial a ser realizado é o teste de contato.

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