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Dia Mundial de Conscientização sobre o Alzheimer: estigma e a exclusão social ainda são obstáculos

21 de setembro de 2012 (Bibliomed).  O dia 21 de setembro foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o dia Mundial de Conscientização sobre o Alzheimer. No Brasil e no mundo, muitas associações se mobilizam na realização de diversas ações que visam levar ao público esclarecimentos sobre a doença que é um dos problemas neurológicos que mais afetam a população mundial.

O termo “Demência” assusta a maioria das pessoas, mas é utilizado para descrever desordens que afetam primariamente a memória e o comportamento de uma pessoa. A demência é muito incapacitante para aqueles que a têm, bem como para suas famílias e cuidadores. A doença de Alzheimer é responsável por 50-60% dos casos de demência.

Um relatório recente apresentado pela Alzheimer's Disease International (ADI), intitulado “Superando o estigma da demência”, revela que o estigma e exclusão social ainda são os maiores obstáculos a serem vencidos na luta para a conscientização sobre o problema. Dados dele revelam que quase uma em cada quatro pessoas com demência (24%) escondem ou ocultam seu diagnóstico, citando o estigma como o principal motivo. Além disso, 40% das pessoas com demência relatam que não se sentem incluídas no dia a dia. Outro dado alarmante é que cerca de 75% das pessoas com demência e 64% dos familiares que cuidam delas acreditam que são feitas associações negativas os portadores àqueles diagnosticados com demência em seus países.

O Relatório sobre Alzheimer 2012 baseia-se em uma pesquisa mundial com 2.500 pessoas (com demência e familiares que cuidam delas) em mais de 50 países. Pouco mais de 50% dos entrevistados com demência tinham o mal de Alzheimer e pouco menos da metade do total eram menores de 65 anos. Os principais objetivos da pesquisa eram registrar experiências individuais de estigma relatadas por pessoas com demência e familiares que cuidam delas e ajudar a identificar se os planos nacionais de demência tiveram impacto na redução do estigma.

"O estigma continua sendo uma barreira para progredir em qualquer outra iniciativa sobre demência, como melhorar os cuidados e o apoio a pessoas com demência e aos familiares que cuidam delas, bem como fundos para pesquisas. O  Relatório sobre Alzheimer 2012 revela que as pessoas com demência e seus cuidadores se sentem marginalizados pela sociedade, e algumas vezes pelos próprios amigos e membros da família. Eles querem ser tratados como pessoas normais, com foco em suas habilidades, não em suas deficiências. Destacar essas questões ajudará a melhorar a qualidade de vida das pessoas com demência e de seus cuidadores", pontua Nicole Batsch, autora do relatório.

Fonte: PR Newswire Press Release, 20 de setembro de 2012.

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